Deus, Alice e a Matrix [edição completa]

“E desde então”, prosseguiu o Chapeleiro num tom pesaroso, “ele [o tempo] não faz mais nada que eu peço! Agora é sempre 6 da tarde!”

Um pensamento brilhante ocorreu à Alice. “Essa é a razão de todas essas coisas de chá estarem postas aqui fora?”, ela perguntou.

“Sim, é por isso”, disse o Chapeleiro com um suspiro. “É sempre hora do chá, o que não nos deixa tempo para lavar a louça entre as refeições.”

“Então vocês sempre ficam mudando de lugar, eu suponho”, disse Alice.

“Exatamente”, disse o Chapeleiro, “à medida que as coisas vão sendo usadas.”

“Mas o que acontece quando vocês dão uma volta completa na mesa?” Alice resolveu perguntar.

“Acho que devemos mudar de assunto”, a Lebre Maluca interrompeu, bocejando.

ALICE’S ADVENTURES IN WONDERLAND & THROUGH THE LOOKING-GLASS. Carroll, Lewis. A Gignet Classic: New York, 2000. pág. 72. Tradução: Barros.

As aventuras de Alice foram apenas um sonho. Ela, entretanto, nunca desconfiou que estava sonhando, assim como nós mesmos também não temos a consciência de que estamos dentro de um sonho, mesmo se sonhamos que estamos indo ao cinema completamente sem roupa. Quando estamos sonhando, a realidade passa a ser a realidade do sonho, e nós não a questionamos, por mais absurda que seja.

Eu escolhi o diálogo acima para chamar a atenção para o fato de que, mesmo sonhando, Alice percebeu que alguma coisa não fazia sentido: ora, se eles nunca lavavam a louça em que tomavam chá, e para ter louça limpa eles tinham que mudar de assento, o que acontecia quando usavam todos os lugares? Pareceu óbvio a Alice que, ao darem uma volta completa na mesa, eles acabariam chegando aonde haviam começado e encontrariam lá a louça suja que haviam deixado. E foi isso que ela perguntou. Mas ninguém respondeu; porque a resposta seria: “Não esquenta a cabeça: sonhos não têm esse tipo de lógica” — ou lógica nenhuma; e a surpresa do fim do livro seria, assim, indevidamente antecipada. Por isso a interrupção da Lebre Maluca.

Minha professora de catecismo fez isso comigo várias vezes. Ante as muitas perguntas que eu fazia durante as aulas, ela dava uma de Lebre Maluca e desconversava.

“Irmã, por que todo mundo abomina o ato de Judas se, de acordo com o plano divino, Jesus teria que ser traído por ele para ser crucificado e nos salvar?”

“Irmã, a senhora disse que o sofrimento que há no mundo faz parte do plano de Deus, mas, sendo Todo-Poderoso, Deus não poderia ter feito um plano sem que houvesse nenhum sofrimento?”

“Irmã, se Jesus e Deus são um só, então, por que Jesus ficou em dúvida na cruz sobre se Deus o tinha abandonado? Se Jesus era, também, Deus, ele não teria que saber que ele mesmo não teria abandonado a si próprio?”

“Irmã, a senhora disse que as pessoas só irão para o Céu, para o Inferno ou Purgatório depois do Juízo Final. Para onde vão as almas nesse meio tempo?”

“Irmã, por que Deus teve que descansar no sétimo dia?”

E por aí afora. A questão é que ela nunca respondia. Ela falava e falava sobre um monte de coisas, sobre como Deus era bom, sobre como ele tinha tudo planejado, sobre como precisávamos ter fé, lia esse e aquele versículo da Bíblia e eu acabava ficando sem as minhas respostas. Como fez a Lebre Maluca, ela desconversava e tentava me manter no mesmo sonho que ela.

Porque se todos sonham o mesmo sonho ao mesmo tempo, por mais maluco ou maravilhoso que seja, ele passa a ser “a” realidade.


Mesmo quando eu me considerava católico, andava longe de ser um cristão convicto. Até onde eu lembro, eu nunca realmente acreditei naquilo tudo. Não completamente. Como fez Alice na mesa do chá, eu vivia fazendo perguntas inconvenientes, e as Lebres Malucas que me pediam para mudar de assunto eram tantas que eu comecei a desconfiar que alguma coisa estava errada. Ou comigo, ou com todo o resto.

Não me atrevia a fazer esse tipo de questionamento a minha família, afinal, foram eles todos que invadiram meu pequeno e desprotegido cérebro e colocaram a coisa toda lá dentro; mas achei que a freira encarregada de me preparar para a primeira comunhão seria a pessoa ideal a quem dirigir tais perguntas. Não era. Eu concluí meu catecismo com uma sensação, até então inexplicável, que só poderia ser descrita como desconforto intelectual. Era como se eu não tivesse conseguido entender o que, aparentemente, todos os outros meus colegas de classe haviam entendido, ou — como penso hoje — tivesse entendido algo que nenhum deles conseguiu entender.

De uma forma ou de outra, acho que eu fui o único da minha turma que entrou pela primeira vez na “fila da hóstia” sem nenhum entusiasmo. Que eu lembre, eu só estava curioso para saber se ela era salgada ou doce. E enquanto eu voltava para o meu lugar, ainda com a hóstia irritantemente colada no céu da minha boca, a parte do meu cérebro que estava sendo treinada para a religião deixou escapar isso: “É um tipo de massa de pão!” E o resto dele respondeu em coro: “O que você esperava? Um naco de carne do corpo de uma pessoa? Eca!”.

Eu realmente passei muito tempo sem entender o que estava acontecendo. Eu não tinha fé e não entendia por que me preocupava com isso; eu não acreditava em Deus e não sabia por que fingia que acreditava; eu não era em nada religioso e me culpava por não ser… Afinal, por que ser tão diferente? Por que não ser igual a todo mundo?

Eu, que não sou erudito, nem tenho uma inteligência muito confiável, não consegui encontrar sozinho uma resposta. Somente muitos anos depois do meu catecismo, quando assisti pela primeira vez no cinema às aventuras de uma outra Alice — a versão do século XXI — eu pude tecer, em retrospecto, uma analogia, e entender o que se passou comigo durante aquela época da minha vida. Eu ficaria muito orgulhoso de citar aqui o nome de um filósofo ou grande escritor que tivesse me feito assimilar o que significava a religião, mas foi com o filme “The Matrix” que eu finalmente entendi.

No domingo seguinte, eu fui assistir a uma missa. Sentei bem no último banco de uma igreja lotada. Não rezei, não cantei, não comunguei. Eu estava lá apenas para uma cerimônia muito particular: seria a primeira vez que eu iria “ver” a Matrix. E eu vi: a religião precisa mesmo ser compartilhada; precisa ser vivida em grupo. Uma pessoa isolada chegaria sozinha à conclusão de que suas orações são inúteis; seus rituais, tolos; as letras dos seus hinos, absurdas; e seus dogmas, algo muito próximo do tipo de mágica com que se distrai as crianças. Você precisa de reforço para acreditar. Você precisa estar conectado a um mundo de gente que também acredita; e eles serão tantos e estarão tão fortemente convencidos de suas crenças que você, quase que inevitavelmente, vai achar que eles todos não podem estar errados e só você, certo. Você não vai querer ser diferente; você vai querer fazer parte do rebanho. Talvez venha disso o carinhoso epíteto de “ovelhas”.

Durante cerca de uma hora, eu assisti a uma missa católica, à qual eu estava tão acostumado, mas só que de um outro ponto de vista. Foi como se, depois de tanto tempo perdido numa floresta densa, a gravidade tivesse deixado de existir e eu pudesse flutuar para muito acima da copa das árvores, apreciando o mundo de um novo ângulo, de uma nova dimensão. (Não foi só você que brincou de Super-Homem, Neo…)

Eu entendi, com alívio, que não havia nada de errado comigo, nem nunca houvera. Eu apenas não fazia mais parte daquele mundo. Eu estava desconectado da Matrix.

E foi bem ali, naquele banco de igreja, que eu vi confirmada a minha analogia com o filme; foi quando e onde eu compreendi o porquê de todo aquele desconforto, inquietação e dúvida; foi quando e onde, pela primeira vez, eu percebi a razão de achar aquele mundo tão estranho e inadequado para mim. Foi lá que encerrei minhas aventuras pelo País das Maravilhas. Mas não fiquei triste. Ninguém deveria ficar triste por ter despertado de um sonho. Mesmo se fosse um sonho bom; o que não era o caso.

Levantei antes do fim da missa. Estava já bem perto da porta e, enquanto saía, voltei os olhos involuntariamente na direção da estátua de um homem seminu atrás do altar. Por um breve instante, percebi que aquela parte do meu cérebro que desde muito tempo atrás habitara aquele mundo teve vontade de acenar um adeus de despedida. Mas eu a contive a tempo e acrescentei — desnecessariamente sarcástico, confesso — que o homem estava com as duas mãos pregadas: não iria acenar de volta.


“O vazio que os ateus sentem nas suas vidas é exatamente da forma e do tamanho de Deus.”

Sou capaz de apostar que todo ateu já ouviu isso de alguém. Ou isso, ou algo que o valha.

Eu só posso falar por mim: sou ateu e minha vida não é  vazia.  O que eu sinto é uma certa inquietude — e isso não tem nada a ver com vazio — cuja causa é a nossa condição única, como espécie, de questionar, de fazer perguntas. Como não temos respostas para a grande maioria das perguntas que fazemos, e como a nossa capacidade de fazer perguntas é infinitamente maior do que a nossa pequena habilidade recém-adquirida de respondê-las, talvez tenhamos um certo ar contemplativo, introspectivo, distante. E já que os religiosos não estão muito familiarizados com a atitude de racionalizar, pois eles têm respostas prontas para tudo, bem como tudo no mundo deles se explica com mágica, eles interpretam esse comportamento como sintoma de algum distúrbio mental, ou como sinal de tendência ao suicídio. Eles chamam de “vazio”, mas é só um eufemismo.

As pessoas, normalmente, não suportam o peso  dessa inquietação intelectual e têm Deus como resposta única para tudo, sem levarem em conta que a origem e o propósito de Deus levantam muito mais questões do que respondem. Mas Deus é Deus. O Alfa e o Ômega, o Início e o Fim, etc., etc., etc., e isso basta para elas. Mas para mim, como para muitos outros, isso não basta. Ou, melhor dizendo: isso não serve como resposta.

Geralmente, quando alguém descobre que sou ateu, a primeira pergunta que me faz é esta: “Ora, ateu!? E quem você acha que criou tudo isso?”, e a pessoa espalma a mão para o céu. Apenas para testar se vale a pena iniciar um debate, eu costumo responder com outra pergunta:

— E por que você acha que “tudo isso” precisaria ter sido “criado”?

— Ora! Como “tudo isso” poderia ter vindo do nada?

— E quem criou, então, foi Deus?

— Claro.

— E quem criou Deus?

— Deus sempre existiu.

— E você não poderia supor que “tudo isso”sempre existiu?

A atitude da pessoa nesse ponto me permite avaliar se dá para continuar a conversa ou se é hora de bater em retirada. Pessoas religiosas podem se tornar bastante violentas de uma hora para outra. E isso é por demais compreensível: Deus está incrustado no cérebro deles. A ideia de se desfazer de Deus lhes desperta, no inconsciente, o medo que sempre se associa à expectativa da dor, pois perder parte do corpo, geralmente, envolve dor. Não criticaria ninguém por se estrebuchar enquanto estão tentando arrancar uma parte qualquer do seu próprio corpo.

Eles farão tudo para continuar acreditando. Não importa o que aconteça. Se um homem tinha uma entrevista de emprego e saiu de casa atrasado, mas o ônibus chegou no ponto bem na hora em que ele também chegava, ele irá atribuir a Deus essa graça. Como se Deus tivesse cronometrado tudo, atrasado certas coisas, adiantado outras só para o ônibus passar exatamente naquela hora em que ele mais precisava. Mas se ele, ao voltar para casa, descobrir que sua filhinha de 4 anos foi estuprada por dois homens e morta asfixiada com folhas e terra na sua garganta, como aconteceu há algum tempo na região metropolitana da cidade onde moro, ele irá, certamente, como todas as pessoas de fé que tentarão consolá-lo, atribuir aquilo ao Diabo. Eu, por mim, não me atreveria a perguntar para um pai nessa situação se ele não preferiria ter um Deus que se importasse mais com a sua filhinha de 4 anos do que com os horários dos ônibus.

As outras opções disponíveis são ainda mais estúpidas: Deus escreve certo por linhas tortas/isso faz parte do plano de Deus/são os desígnios de Deus/Deus está testando a minha fé/e por aí vai…

Eu mesmo não poderia inventar um Deus mais ridículo, mais criminoso, mais malévolo, nem mais mesquinho do que esse.


O apelo mais forte da religião é, sem dúvida, sua promessa de vida após a morte. Essa promessa é tão poderosa não só porque é  tentadora, por si, mas porque reverbera em nosso ser até o nível dos genes, pois é esse o seu objetivo primordial: continuar existindo, mesmo depois que o corpo no qual eles temporariamente habitaram devolva, separadamente, todos os seus átomos para a Terra.

Acreditar que existe um lugar para onde ir depois da morte e continuar a existir lá pode ser extremamente reconfortante. Não sei de nenhuma religião que não prometa um tipo de paraíso para além do túmulo. (Esqueçamos o Inferno, por ora, pois as pessoas que acreditam em vida após a morte também fazem questão de esquecer a possibilidade de terem uma vida-pós-morte lá.) E as pessoas fazem de tudo para acreditar nisso.

Eu costumava ver um programa americano na TV paga em que um médium num palco (porque aquilo era mesmo um “show”) alegava fazer contato com os parentes mortos das pessoas na plateia. Era algo mais ou menos assim:

— Sinto que um espírito está tentando estabelecer contato…  e seu nome começa com a letra M. Alguém na plateia perdeu um ente querido cujo nome começa com a letra M?

— Sim, eu! Meu irmão Michael.

— Pois ele está aqui, querida. Ele diz que está bem, muito feliz, que está cuidando de você e olhando para você de onde ele está…

As pessoas na plateia não se importaram de perguntar como o médium “ouviu” o defunto dizer todas aquelas frases para a irmã, se, no início, só tinha conseguido ouvir que o dito cujo tinha o nome começado com a letra M.  Talvez elas pensem que, depois que aparece alguém com os olhos cheios d’água, o download fica mais eficiente.

Com Zíbia Gasparetto a coisa muda. Ela escreve livros psicografados e adquiriu fama e fortuna com eles. Numa entrevista recente, ela disse que é muito fácil o seu trabalho: ela é apenas uma “secretária” que digita os textos ditados pelo seu mentor, o espírito Lucius, ou diretamente dos defunto-autores, tipo Brás Cubas. (Gente que, em vida, nunca se importou em escrever sequer um diário. Talvez o Céu seja um lugar muito tedioso e onde se proíbe o uso de laptops, daí os pobres dos defuntos precisam terceirizar o seu hobby.) Ela, então, senta-se em frente do computador, põe uma música suave e começa a escrever. Na época da entrevista, estava escrevendo três livros ao mesmo tempo, e dedicava dois dias por semana a cada um deles. Para continuar uma história de onde a havia deixado, bastava ler a última frase digitada, que o defunto-autor correspondente se aproximava e continuava dali. Com Zíbia, suponho que seja mais ou menos assim:

— Ei, desculpe, mas você escreveu ideia sem acento. Queira corrigir por favor, sim?

— Não, meu caro Lucius, é assim mesmo agora. Mudou a ortografia do português. Vocês aí em cima não estão sabendo?

— Foi mesmo? Não, não chegou nada aqui ainda. Na verdade, eu morri já há muito tempo e só há pouco que consegui me adaptar à reforma ortográfica de 1971… Já fizeram outra, foi? Nossa! assim fica difícil um espírito ganhar a vida como escritor…

— Lucius, querido, você já está morto. Quem precisa ganhar a vida sou eu. Deixemos de conversa mole. Continue com a história e deixe os acentos por minha conta.

Eu poderia concluir três coisas muito interessantes:

1ª  se Zíbia Gasparetto assumisse o lugar do médium americano ficaria infinitamente mais rica, pois me parece que ela usa um tipo de conexão banda larga para se comunicar com o além;

2ª  se o médium americano tentasse escrever romances psicografados iria ficar infinitamente mais pobre, porque, acho eu, ele precisaria de alguém que conhecesse o defunto-autor o tempo todo ao seu lado chorando para manter a conexão discada sem cair;

3ª  as  pessoas  têm uma vontade tão grande de acreditar que a morte não é o fim que aceitam como verdade qualquer coisa que alguém alegue que veio “do outro lado”; seja apenas a letra inicial de um nome, ou milhões delas no formato de um romance encadernado em capa dura.


Eu resolvi dar a essa série de textos o título de “Deus, Alice e a Matrix” porque, para mim, essa trindade permite explicar “divinamente” bem meu ponto de vista sobre a religião. Mas para você entender por que, preciso, primeiro, explicar algo.

A palavra ‘nonsense’, nos originais em inglês, é sentida como uma assombração nos dois livros sobre as aventuras de Alice. ‘Nonsense’ pode ser traduzido como “bobagem”, “tolice”, “absurdo”, etc., mas seu significado mais profundamente etimológico não tem correspondente em português; então, é preciso parafrasear: ‘nonsense’ é “algo que não faz sentido”. Se eu disser que eu sou o cara mais bonito de todo o país, você pode dizer que isso é uma tolice, uma bobagem, ou uma mentira; mas não é ‘nonsense’. Já se eu disser que para alguém ser considerado bonito tem que ter acesso à Internet, é.

Os livros de Alice são puro ‘nonsense’. Mas isso só pode ser percebido completa e satisfatoriamente em inglês, porque o autor se valeu, obviamente, do seu próprio idioma para escrever a história. Da mesma cena do chá, eu traduzi um diálogo que exemplifica isso: O Arganaz está contando uma estória de três irmãs que moravam no fundo de um poço, e menciona que elas estavam aprendendo a desenhar.

— ‘O que elas desenhavam?’, Alice perguntou.

— ‘Melaço’, disse o Arganaz.

[APÓS UMA INTERRUPÇÃO PARA QUE MUDASSEM DE ASSENTO PARA OBTEREM LOUÇA LIMPA, ALICE VOLTA A PERGUNTAR:]

— ‘Mas eu não entendo: de onde elas puxavam o melaço?’

— ‘Você pode puxar água de uma cacimba’, disse o Chapeleiro; ‘assim, eu deveria supor que você pudesse puxar melaço de um poço de melaço, hein, sua tonta?’

E a conversa desandou a partir daqui e tudo porque, devido à interrupção, Alice esquecera que as meninas da estória estavam aprendendo a “desenhar” (‘draw’, em inglês) e não a “puxar” (que é ‘draw’, também). Só que os interlocutores dela não se importaram com a confusão que ela havia feito com os dois significados dessa palavra, e a estória acabou tomando um novo rumo, sem nenhuma ligação com o início, só para poder se ajustar ao significado de ‘draw’ que Alice estava, então, considerando.

Não tive ainda, até hoje, a curiosidade de ver como os tradutores resolveram — se é que resolveram — esse e todos os outros problemas envolvendo os trocadilhos em inglês, que enfeitam a história e são a base do ‘nonsense’, mas suponho que as traduções sejam apenas um arremedo mal feito.

Mas, enfim, Alice estava visitando um mundo completamente novo com leis e lógica próprias, mas que faziam sentido para os seus habitantes. O ‘nonsense’ só passou a existir por causa de Alice. Sem ela, o País das Maravilhas seria um lugar normal.

Já  a Matrix do filme era um programa de computador que conectava todos os habitantes do mundo a um sonho comum que era o que, para nós, seria a vida real. A Matrix teria funcionado perfeitamente bem, mesmo se algumas pessoas despertassem e fossem desconectadas. O problema só começou — e é esse o mote do filme — quando os que acordaram do sonho aprenderam a se reconectar à Matrix para tentar despertar outros. Eles se tornaram um tipo de Alice, só que com um trunfo na manga: eles sabiam que estavam dentro de um sonho e, em sabendo disso, usavam e abusavam do ‘nonsense’ que só os sonhos permitem.

Aonde eu quero chegar? Aqui: Os religiosos estão vivendo dentro de uma Matrix Intelectual. Eles foram conectados a ela desde a primeira infância pelos seus pais, pela sua família, pela sua sociedade. O Sistema os mantém num sono profundo e os alimenta com os seus ritos, seus catecismos, seus livros sagrados, suas orações, suas missas, seus dogmas e tudo o mais que puder ser usado para mantê-los dormindo.  Eles não têm como perceber que estão dentro de um sonho, pois o mundo em que eles vivem faz sentido, como o País das Maravilhas sem Alice faria. Eles não são capazes de perceber o ‘nonsense’ porque o ‘nonsense’ simplesmente não existe na realidade deles. Se todo mundo compartilha a mesma realidade repleta de mágica, então a mágica passa a ser considerada uma coisa normal, possível, ou mesmo esperada.

Então, já que é assim, como eu me atrevo a dizer que eles estão conectados, sonhando dentro de uma Matrix, e não eu juntamente com todos os ateus? Como saber quem está no mundo real e quem está na Matrix? Quem está sonhando e quem está acordado?

Bom… procure pelos personagens do País das Maravilhas na “sua” realidade. Se eles estiverem lá, você estará sonhando. Se você encontrar Lebres Malucas pedindo para você mudar de assunto sempre que você faz determinadas perguntas; ou se as suas perguntas são respondidas de um jeito que não faz o menor sentido, que não explica nada; ou se as estórias que você ouve as pessoas do seu mundo contar mudam de rumo e ninguém liga, tipo: Deus disse para o chefe de um povo que determinado homem tinha que ser apedrejado até à morte porque foi pego apanhando lenha no dia de sábado, e, depois, Jesus (supostamente o mesmo Deus) disse que não era bem assim…; ou se você se sente desconfortável quando alguém diz que vê o mundo de uma forma diferente da sua, a ponto de fazer você sentir necessidade de se afastar dessa pessoa e, adicionalmente, procurar refúgio e conforto nos seus próprios meios de ver o mundo junto com todos os outros que o veem como você, de forma a reforçar a sua própria crença nessa “realidade”… sinto dizer, mas você estará conectado.

Nós, ateus, somos Alices invadindo uma Matrix muito, muito hostil. Saiba que, se você estiver pensando em despertar alguém, pode se ver em sérios apuros porque, como no filme, cada um deles faz parte do Sistema e irá lutar para defendê-lo. Enquanto não estiverem desconectados, todos eles serão seus inimigos. Muitos lá dentro são Agentes — guardiões da Matrix — , definitivamente conectados a ela e especialmente treinados para combater invasores como você e eu. Não tente enfrentá-los, porque você não poderá vencê-los. Suas mentes não estão autorizadas a lidar com a realidade e, assim, eles tiram todo o seu poder justamente da fantasia em que vivem.

Mas, se mesmo sabendo disso tudo, você realmente quiser trazer alguém para fora, aceite esse conselho: não entre lá sozinho. Monte uma equipe de resgate, trace um plano, treine antes. E se você vir um Agente, faça o que todos nós fazemos.

Corra.



75 Respostas

  1. Seu texto é simplesmente fantástico. Parabéns.

    “— Ora! Como “tudo isso” poderia ter vindo do nada?”

    O ser humano tem uma grande dificuldade de entender que certas coisas, não começaram. O cérebro é programado para ver sempre início, meio e fim..rs

    Eles aceitam um deus que nunca apareceu, ter criado tudo e ser eterno, mas não aceitam algo muito mais lógico, que é tudo sempre ter existido, apenas mudando o “arranjo”.

    Eles dizem que ser ateu é fácil mas não é. Fácil é acreditar que papai do céu olha todo mundo, que se preocupa com todos. Fácil é achar que existe um paraíso eterno e sem dor, sofrimento, frio, fome e etc nos esperando.

    Ser ateu para que, se eles podem viver na ilusão?

    Nem todos estão preparados para serem ateus. O ateu tem que amar a realidade dura da vida, tem que dar valor as pequenas coisas, pois sabe que esta vida é curta, porém bela.

    Lembra da parte em que um dos personagens preferiu ser reinserido na Matrix e não lembrar que foi reinserido? Ele queria ser alguém importante, com dinheiro. Lembro dele dizer mais ou menos assim: não me importo se essa carne que estou comendo, não é real. A realidade do mingau sem graça de quem era desconectado, era muito ruim para ele. Ele preferia viver na ilusão da comida boa que a riqueza lhe traria na Matrix, do que do mingau da realidade.

    É isso que acontece com a maioria. Preferem viver na ilusão confortável que na realidade dura, desconfortável (eu não vejo nada desconfortável, mas para a maioria, seria).

    Eu prefiro o mingau fora da Matrix ehehe

    Abraços.

  2. Show!! Vou passar o domindo vendo os 3 filmes da Matix. Um após o outro. Deu vontade. FELIZ 2011 A TODOS E A TODAS!!!!!!

  3. É isso aí, Angelo, falou e disse. Concordo com você. A realidade é muito mais atraente que qualquer fantasia.

  4. Barros, eu tiro meu chapéu. Começou o ano arrebentando.

  5. PARABÉNS! Excelente texto!!! E é um texto bem claro, mesmo pra mim que nunca assisti Matrix.

  6. prezado angelo

    Querer deduzir o inicio o fim, de onde viemos para onde vamos e a quanto tempo existimos e o porque de tudo isso, contando apenas com a nossa ciencia humana e a nossa razão lógica é simplesmente impossivel.
    por isso onde a nossa ciencia termina é necessario a intuição continuar abrindo novos limites a ciencia.
    independentemente das nossas crenças tanto crentes como ateus e até os ditos irracionais, lutam pela preservação das suas vidas até o ultimo suspiro isto indica que existe uma força superior desejando prevar a suas vidas e que tambem todos nos consideramos a vida muito boa, isto porque encontramos nela condições satisfatória que atendem as nossas necessidades , como alimento , ar, agua , amor e , trabalho e aprendizados.
    Feliz 2011 !

  7. Prezado Barros em : Alice x Matrix

    Parabéns! Finalmente um texto inteligente que merece uma boa e proveitosa discussão, se continuar assim estará contribuindo muito com a minha fé em milagres….he…he..he!

    Todo-Poderoso, Deus não poderia ter feito um plano sem que houvesse nenhum sofrimento?”

    R: Pode começar refletindo pelo seu tipo de comentários que revelam bem o seu verdadeiro intimo: Você age como se fosse um oprimido por Deus e pelas religiões, por isso denigre sua imagem e desvirtua suas sabias leis, mas a grande verdade é que você deseja estar no lugar dele, sim este é o verdadeiro motivo que justifica o seu vazio e a sua inquietude de você ter se tornado um ante cristo, um discípulo de Lúcifer, um ateu….você deseja ser Deus e até já começou a fazer suas próprias leis “divinas”.
    Não podendo ser Deus deseja ser seu mestre ensinando a construir um mundo conforme a vontade e sabedoria do Barros, sim” o mundo fantástico de Barros”

    “Irmã, por que Deus teve que descansar no sétimo dia?”

    R: se a irmã conhecesse melhor o novo testamento, diria: “ O meu Pai trabalha até agora e eu também, pois o sábado existe por causa do homem e não o contrario”
    eu acabava ficando sem as minhas respostas.

    R: se tivesse ido ao catecismo para estudar a bíblia ao invés de namorar, não faria perguntas tão obvias, não seria um ex-religioso frustrado e amargurado.

    Eu estava desconectado da Matrix.

    R: eu diria que buscou também por uma libertação de uma opressão moral e tempo para satisfazer as suas necessidades do corpo.

    Eu só posso falar por mim: sou ateu e minha vida não é vazia.
    O que eu sinto é uma certa inquietude

    R: sim é compreensível, religiões não satisfazem o desejo do seu espirito em conhecer sua origem, e a verdadeira razão da sua existência, isto te levou a ver no ateísmo a solução para sua inquietude, proporcionada por um descanso eterno finalizando com ela a sua própria existência.

    Com Zíbia Gasparetto a coisa muda. Ela escreve livros psicografados

    R: Uma pessoa que tem a capacidade de escrever a quantidade de livros, onde expõe uma profunda analise pisicológica do psique dos seus personagens num cotidiano bem atualizado, executa uma ótima contribuição social dado a alta moralidade ensinada nas suas histórias e nisto vejo realmente uma inspiração, leia alguns livros dela e depois volte para comentar como você já fez com outros crente tipo o Pr. Malafaia, leia quem sabe você não se identifica com algum dos seus personagens e consiga aprender algo de bom, como diz o meu gerente: “Nada pode ser considerado tão ruim , que não sirva nem para ser usado como um mal exemplo”.
    Cito com muito orgulho o excelente médium Chico Xavier, o qual eu já tive o prazer de dar um real testemunho aqui que levou o um amigo meu de Ateu virar um Espirita Crente.
    Sim um homem de pouca cultura cientifica conhecida, mas que usando uma grande intuição escreveu mais de 400 livros, dos mais variado temas desde romances acontecidos na era cristã, com riquezas de detalhes históricos, poesias inéditas seguindo a estilos de autores já falecidos, livros como a série Médico André Luiz o qual descreve sua vida após a vida, sendo médico descreve como é vista a esquizofrenia pelo mundo espiritual e faz comparações com as perturbações espirituais, além de questionar muito aos espíritos superiores complexos assuntos de ordem cientifica relacionados a medicina humana, então descobre que precisa também a conhecer a medicina da alma.

    Porque se a sua alma esta com a doença da “inquietude” não existe médicos humanos capaz de te curar.

    Eu recomendo leia : “No mundo maior” de André Luis e se conseguir entender algo venha comentar aqui no seu blog.

    Sim o humilde e deveras sábio Chico Xavier dou toda a autoria dos seus livros a obras sociais, pois tinha consciência que a sua missão era: Servir pois não veio para ser servido, nem veio a passeio e sim a trabalho, por isso começou com 10 anos a sustentar seus muitos irmãos trabalhando numa empresa.
    Tai! Barros, uma boa maneira de você apaziguar esta sua inquietude ateia, siga o exemplo da sabedoria espirita.

    Então, já que é assim, como eu me atrevo a dizer que eles estão conectados, sonhando dentro de uma Matrix, e não eu juntamente com todos os ateus?
    Como saber quem está no mundo real e quem está na Matrix? Quem está sonhando e quem está acordado?

    R: Parabéns! Finalmente um pouco de humildade!

    R: As vezes eu penso que a vida é um filme que já rodou e agora esta sendo reapresentado, de vez em quando alguém se lembra de já ter assistido o filme consegue prever a próxima cena e isto não é de javu.
    Acredito que o autor do filme quis passar a idéia que a mesma realidade do mundo em que vivemos poderá ser bem diferente da forma que outras criaturas a veem, sentem e a entendem.
    Sim ! A nossa consciência pode estar sendo enganada por uma visão virtual da realidade.
    Devemos entender que a inteiração da consciência humana e a realidade física acontece através dos cinco sentidos que alterados por deficiência dos nosso órgãos podendo também alterar o entendimento da realidade física do nosso mundo.
    Como poderemos explicar cores a um cego de nascença, ou o que é um som a um surdo ?
    Se implantarmos uma lente de contato cor de rosa num recém nascido ele achara que todas as cores tem o tom rosa, logo não terá a visão e compreensão do mundo que a nossa.
    Nossos pobres órgãos físicos apresentam um mundo virtual a nossa consciência humana, nossos olhos dizem que algumas matéria como o vidro não apresentam espaços entre seus átomos , quando na verdade entre os átomos , núcleos e elétrons existem grandes lacunas, assim podem não permitir a passagem da agua por exemplo, mas permite a passagem de luz e ondas eletromagnéticas.
    Assim é dessa forma que para possíveis criaturas existentes que não possuem os nossos sentidos humanos para eles o nosso mundo também representa o nada para eles, assim como o deles também representa o nada para o nossos sentidos físicos.

    Assim baseado no que , alguns ateus querem ridicularizar o Médium Chico Xavier por afirmar que a casa do nosso pai tem muitas moradas, pois moradas são construídas para serem habitadas. Se vocês ateus tivessem a oportunidade de possuírem uma ciência própria original e comprovada por vocês mesmos, poderiam ir até marte, olhar com seus próprios olhos e dizerem: “ agora eu posso afirmar certeza que em marte realmente não existe vida”, mesmo assim ainda estariam correndo o risco de estarem sendo traídos pela imperfeição dos seus sentidos, assim como antes do microscópio a perfeiçoar a visão humana micro seres eram coisa de esquizofrênicos, assim como também como hoje almas e os espíritos também o são, mas a ciência humana sendo um instrumento revelador da realidade física também esta evoluindo e expandindo-se através da intuição humana, este sentido da alma é quem conduz a ciência a superar os limites lógicos humanos.
    Portanto aquilo que a ciência humana considera esquizofrenia hoje poderá ela mesma estar constando como uma realidade, acredito eu num futuro não muito distante.

    Por fim a verdade sempre prevalecerá :
    Nós, ateus, somos Alices invadindo uma Matrix muito, muito hostil

    R: Então já que finalmente conseguiu reconhecer o equivoco, deixe de ser uma Alice viajando na maionese no “Mundo fantástico de Barros”. He….he….he…he! obrigado!

    FELIZ 2011!
    Mantendo este bom nível de texto, onde demonstrou inteligência, coerência, bom senso, respeito e alguns argumentos validos, sem apelar pra palavras vulgares, soube transmitir muito bem os seus sinceros sentimentos.

    Aleluia! Finalmente! O milagre aconteceu! Passei o ano todo te desejando sinceras melhoras , minhas preces foram ouvidas, Deus existe mesmo ! Que continue te abençoando a ser sempre assim!
    abraço!

  8. Realmente Vanderlei quando um vírus infecta uma pessoa ele luta até o fim para se manter, pelo plano divino criando doenças mais resistentes hahaha.

  9. Barros, podia fazer uma lista de perguntas de catecismo, pros crentes responderem.

    Exemplos:

    – O dilúvio é um exemplo prático de “Amai-vos uns aos outros assim como eu vos amei”?

    – Por que Deus não segue os mandamentos dele mesmo? (Declara-se ciumento, engravida mulher do próximo, mata…)

  10. prezado Hudson

    todos esse seu raciocinios equivocados é que te conduziram até o ateismo, voce é um ateu ou um crente biblico ?

  11. leo a matrix criada por computadores consideravam o ser humano como um virus daninho…he…he..he este filme é 10 vou assistir varias vezes é uma inspiração.

  12. Parabéns Barros…quero dizer q sempre entro para ler e que me identifico muito com os seus textos…

  13. Eu acho uma falta de cultura muito grande vocês quererem comparar a Bíblia com um livro infantil. Uma coisa não tem nada que ver com outra. Estudem um pouco mais antes de criticar a religião dos outros….

  14. Ué Anônimo a bíblia é cheia de animalzinhos falantes é quase uma produção Walt Disney para 18+ hahaha.
    E Vanderlei o deus bíblico também já considerou a humanidade uma mal a ser varrido da face da Terra lembra do Dilúvio bíblico ?

  15. “Eu acho uma falta de cultura muito grande vocês quererem comparar a Bíblia com um livro infantil. Uma coisa não tem nada que ver com outra. Estudem um pouco mais antes de criticar a religião dos outros….”
    Concordo totalmente, a biblia é muito imoral e obcena para ser lida por uma criança…

  16. voce por acaso virou um crente biblico?

  17. Ué Vanderlei para que acreditar que Jesus existiu se não acredita no resto da bíblia ? hahaha.

  18. deixe de ser um extremista radical, eu posso não acreditar no ateismo mas posso muito bem acreditar num ateu se julgar que ele esta falando algo coerente.

  19. Mas Vanderlei você também é ateu para outras divindades, pense que o mesmo que Shiva representa para você é o que o seu deus representa para mim simples assim hahaha.

  20. Vanderlei, sou um crente bíblico. Creio que se trata de um livro que representa o modo de pensar, o conhecimento, os mitos e superstições de povos antigos. Mas tem gente que pretende que seja mais do que isso, e aí só com ironia pra mostrar que o rei está nu…

  21. Frequento o blog há algum tempo e acho muitos textos aqui simplesmente maravilhosos, porém este foi muito além do esperado, foi excelente!

  22. Excelente texto ! Tiro o meu chapéu ! Apesar de ter gostado muito devo fazer minha crítica construtiva para essa obra de arte .

    1 – A forma sugerida para se detectar de qual realidade fazemos parte pode ser pouco eficaz porque ao fazer as tais perguntas proibídas podemos acabar sendo convencidos com respostas bonitas por Agentes muitíssimos bem treinados na arte da oratória. Ou pelos pseudo cientistas como o Adauto Lourenço e sua pompa. Ou pelo Silas Malafaia e toda sua simpatia e carisma. Ou o pior de tudo, nascer numa teocracia bem fechada .

    2 – A sugestão final de que devemos correr só serve mesmo para lembrar de forma cômica a dica do Morpheus. Mas se é uma recomendação real para que fiquemos retraídos diante de tal desafio titânico e aparentemente inglório, devo dizer que discordo por temos armas poderosas a nosso favor, como a ciência, as evidências e antes de tudo a ‘força’ [intelectual]. E é claro que estaremos sempre protegidos pelas liberdades de expressão, de pensamento e porque não de culto.

    Novamente, meus parabéns pelo texto. Continue as nos iluminar com seu divino conhecimento …

  23. fernando
    E é claro que estaremos sempre protegidos pelas liberdades de expressão, de pensamento e porque não de culto.
    R: mais um querendo abrir uma igreja ateia, para ensinar o que a morte eterna, que a falta de lógica é a sua lógica, a falta de razão é a sua maior razão, a falta de evidencias é a sua maior evidencia?
    Não esqueça de chamar para sua igreja os pastores Amorim que tambem ja idealizou isto e a professora de ateismo beth…he…he…he…he…veja o meu comentario completo e comprove que crente tambem tem bom humor, ja que o negocio é fazer piadas então vamos rir.

  24. Parabéns, Barros, esse é um dos textos mais bacanas do Blog.

    ____________________

    Vanderlei,

    Vejo que você não segui meu conselho.

  25. Muito grato aos que comentaram meu texto. É uma republicação, caso não tenham notado. E pretendo reeditar alguns textos antigos, melhorando onde puder.

    Li todos os comentários, como sempre faço. Às vezes, mais de uma vez, para absorver as críticas e sugestões.

    E obrigado ainda mais pelos elogios que me fizeram. Os comentários elogiosos eu leio sempre umas três vezes… pois são o meu “pagamento”.

    Como eu digo sempre, qualquer escritor, por mais medíocre que seja — onde eu me incluo — espera duas coisas: primeiro: ser lido; depois, ser elogiado.

  26. Anônimo Vanderlei você pode provar que vai continuar vivo após a morte ?
    Não pode não é mesmo, até que possa o seu discurso é inútil.
    E se deuses são reais você teria provas deles não somente fé.

  27. leo
    o crente vai mais longe do que um ateu pois onde a sua ciencia termina começa a minha intuição na fé, ou voce tambem considera intuição uma crendice?
    no filme indiana jones em o calice de ouro a ciencia terminou na beira de um abismo, se o personagem fosse um ateu, sua missão teria falhado terminado ali, mas sua intuiçã na fé conseguiu vencer a dificuldade do abismo fazendo enxergar uma ponte entre a ciencia e a fé fazendo alcançar um objetivo maior.

  28. Gostei muito, bastante bem construído.
    Abraço!

  29. Um filme de Indiana Jones comprova a eficácia da fé, segundo o Vanderlei. Essa foi impagável! 😀

    (Eu acrescentaria: o livro de Alice demonstra a inutilidade da razão. Nonsense rulez…)

    Agora, passando à frente do Leonardo, INTUIÇÃO é um processo racional inconsciente de chegar a conclusões ou apreender a realidade, nada tendo de paranormal ou divino. Faz parte da vida cotidiana.

  30. hudson
    citei o filme apenas como um exemplo de fé imaginaria voce entendeu e desvirtuou, mas se consegui fazer voce feliz por alguns minutos não tem de que é gratis.
    Penso que Voce esta certo quando diz que a intuição é Racional inconsciente eu apenas acrescentaria que o cerebro entrando no estado de inconciencia a sua alma assume e os pensamentos dela se veem livre da influencia material e fisica do cerebro , assim o raciocino dela passa a ser a futura intuição do seu cerebro no estado consciente.

  31. Já assitiram esse video?
    Exemplifica bem o texto do Barros com humor…

    A nova Matrix

  32. Bem ilustrativo este video Sr. Rogério

    É isto mesmo o objetivo deles controle ; para obter mais poder e dinheiro.

  33. O Vanderlei considera ilusionistas como seres mágicos Hudson, outro dia ele veio defender o Criss Angel, não é de se admirar dele fazer uma comparação tão boba assim.

  34. […] lembrança mais forte que tenho do período em que estava sendo doutrinado para me plugar à Matrix é a da representação artística do Paraíso impressa na capa de uma revista chamada A […]

  35. […] Fonte: DeusILUSÃO […]

  36. Oi Barros,

    Uma leitora passou lá no meu blog, leu seu texto e deixou este comentário:

    laura_smiderle disse…
    1° 15 minutos de leitura muito bem gastos;
    2° Eu sempre me senti como você se sentia no começo, duvidas religiosas que nunca foram respondidas (- mas se o ser humano foi criado nu, e quando “entramos no pecado” é que nos vestimos, por que temos que ir a igreja com nossas melhoras roupas e não pelados? nunca ouve respostas da minha lebre maluca).
    Mas mesmo lendo, algo continua a invadir meu cérebro, você não pode deixar de acreditar! Essa idéia religiosa esta tão incrustada em nossas mentes que tentar tira-la de lá exige escorço, principalmente por que teremos que correr atrás de novas respostas para as perguntas. Um livro que li também sita o exemplo do inicio do texto, mas ao invés de pílulas são frascos com bebidas, isso no “mundo de Sofia”, o que me faz lembrar o quanto as pessoas estão felizes com nosso mundinho de respostas prontas.
    3° Estou achando quase impossível ser breve, se você realmente se propõem a pensar, podemos passar horas tentando entender e nem mesmo saindo do lugar. Mas só sei que concordo muito com seu texto para apenas deixa-lo pra lá e esquece-lo.
    4° Um texto de William Shakespeare que me lembra o trecho do seu texto que diz respeito à pós-morte, e segue abaixo:
    “Morrer.., dormir… dormir… Talvez sonhar… É aí que bate o ponto. O não sabermos que sonhos poderá trazer o sono da morte, quando alfim desenrolarmos toda a meada mortal, nos põe suspensos. É essa idéia que torna verdadeira calamidade a vida assim tão longa! Pois quem suportaria o escárnio e os golpes do mundo, as injustiças dos mais fortes, os maus-tratos dos tolos, a agonia do amor não retribuído, as leis amorosas, a implicância dos chefes e o desprezo da inépcia contra o mérito paciente, se estivesse em suas mãos obter sossego com um punhal? Que fardos levaria nesta vida cansada, a suar, gemendo, se não por temer algo após a morte – terra desconhecida de cujo âmbito jamais ninguém voltou – que nos inibe a vontade, fazendo que aceitemos os males conhecidos, sem buscarmos refúgio noutros males ignorados? De todos faz covardes a consciência. Desta arte o natural frescor de nossa resolução definha sob a máscara do pensamento, e empresas momentosas se desviam da meta diante dessas reflexões, e até o nome de ação perdem.”
    5° e ultimo ponto, sempre fui apaixonada por Alice e agora acho que sei o por que, adorei realmente o texto, finalmente uma resposta plausível, mas não sei ao certo o que farei com ela… (laura_smiderle@hotmail.com). Se puder adicione meu msn, seria ótimo ter alguém com outro ponto de vista para conversar.

  37. A MATRIX TERRESTRE DE BARROS

    1.Deus, mas, sendo Todo-Poderoso, Deus não poderia ter feito um plano sem que houvesse nenhum sofrimento?”

    R: Em matrix o computador “O arquiteto” e criador do mundo virtual Matrix, disse ao Sr. Anderson, que o seu primeiro projeto baseado num “mundo perfeito” havia falhado porque as pessoas começaram a morrer, imagino eu que de tédio por ociosidade, falta de dificuldades e preocupações, pois o ser humano é motivado por desafios e não por facilidades.

    2.Não completamente. Como fez Alice na mesa do chá, eu vivia fazendo perguntas inconvenientes,

    R: Este é um dos motivos que te levaram ao ateísmo, decidiu que Deus não existia por achar contraditória os ensinamentos religiosos, estando definido o partido com todo orgulho , decidiu também que estava certo.
    Assim eliminou o trabalho e a humildade de questionar a si mesmo pela verdade, usou todo o seu ser, toda a sua energia apenas em um sentido:

    “Provar que realmente está certo!”

    Teve a capacidade de formular e questionar aos outros , mas não se deu ao trabalho de tentar responder as suas próprias perguntas, desnecessário seria considerando que já havia criado para si mesmo uma resposta mágica capaz de responder e satisfazer todas as suas duvidas universais R: “ Isto não existe” , assim fácil-fácil , sem religiões, sem explicações alheias contradizendo a sua razão já tão determinada pelo seu orgulho.

    3.Por que não ser igual a todo mundo

    R: Porque existe um Deus, então graças a Deus que nem todo o mundo é igual a você. ….he…he…he!

    4.Eu entendi, com alívio, que não havia nada de errado comigo, nem nunca houvera. Eu apenas não fazia mais parte daquele mundo. Eu estava desconectado da Matrix.

    R: Resolveu clinicar você mesmo fazendo auto terapias e deu no que deu, desconectou se da matrix alheia e criou uma só para você oh! “deu Ilusão”, não contente em ter matado deus na sua vida, ironicamente deseja ser ele criando textos, falando como se fosse deus, questionando suas leis , sua criação.
    Não aceitando uma superioridade maior que a sua desejou então ser também o criador de um “MUNDO FANTÁSTICO DE BARROS” uma ilusão onde a maioria o possa compreender e compartilhar da sua verdade, onde todos o respeitam como sendo autor de sabias histórias e o elogiam por isso. Mas como nem toda matrix é perfeita, sempre tem uns crentes se conectando a ela também com a esperança de conseguir despertar alguns dos equivocado ateus.
    Isso acontece porque a moral da historia é valida para crentes e descrentes, só depende do ângulo que voce olha , você se considera dentro do seu próprio mundo um super-homem capaz de voar para o alto de uma arvore, sua visão poderá ficar distorcida, por se achar acima de todos.
    Veja: a gravidade tivesse deixado de existir e eu pudesse flutuar para muito acima da copa das árvores, apreciando o mundo de um novo ângulo, de uma nova dimensão. (Não foi só você que brincou de Super-Homem, Neo…)

    O poderoso Barros o super- homem que mudou a lei divina da gravidade julgou, condenou e sentenciou deus a morte!

    Ironicamente tenta ridicularizar aquilo que mais admira e deseja de fato”compreender”, não possuindo esta capacidade , por inveja decidiu se iludir fingindo não acreditar nele. Mas por acaso agora foi que virei psicólogo de ateus? Então veja você mesmo com suas próprias palavras:
    Eu mesmo não poderia inventar um Deus mais ridículo, mais criminoso, mais malévolo, nem mais mesquinho do que esse.

    R: mas você passa uma boa parte da sua vida tentando fazer isso. Querendo ridicularizar e desvirtuar Deus e ironicamente ao mesmo tempo querendo ser ele, questionando sua criação e sugerindo novas leis divinas, você se lembra do texto onde o seu deus era um policial armado vigiando tudo o que acontecia num parque, mas sendo omisso permitiu uma garotinha ser estuprada? Consulte o que restou da sua consciência e verá que falo a verdade.
    Quantos textos seus você disse: Deus não poderia ter feito isso, porque não salvou a menina, porque Jesus não disse que era contra o apedrejamento ? Ou seja conflitos psicológicos entre a crença e a descrença dadas a uma falta de entendimento, por isso eu acredito que você não seja um ateu radical, eu diria que apenas ainda não encontrou uma a razão principal para sua vida, chamada por nós de Deus.
    Procurou Deus nos outros e não achou, agora tente dentro de você mesmo!

    5.Eu só posso falar por mim: sou ateu e minha vida não é vazia. O que eu sinto é uma certa inquietude — e isso não tem nada a ver com vazio — cuja causa é a nossa condição única, como espécie, de questionar, de fazer perguntas. Como não temos respostas…..
    R: Sua inquietude traduz se por : “falta razão para existência”, mas nós os crentes chegamos a conclusão que esta Razão chama-se Deus este vazio é preenchido conforme nos aproximamos dele.
    O fato de você esta sempre tentando justificar o porque do seu ateísmo, demonstra sua insegurança quanto a sua descrença, necessitando por isso um apoio externo a sua razão.

    6.sarcástico, confesso — que o homem estava com as duas mãos pregadas: não iria acenar de volta

    R: Se você nascesse sem as mãos ou viesse a perde-las em um acidente, também não poderia mais usa las para escrever palavras sarcásticas, nem daria mais tchau, então a graça fica sem graça quando a vitima real da piada é você.

    7.é esse o seu objetivo primordial: continuar existindo, mesmo

    R: Claro amamos a vida e o que seria a nossa vida sem uma continuação ? Da morte eterna sou um ateu convicto pois ao contraio de vocês não vejo sentido nenhum nisto.

    Então qual seria o seu objetivo primordial? Conseguir provar que esta certo e que deus não existe, e que a morte eterna existe, assim todos nós acabaremos em breves instantes, se for assim lamento pois neste exato momento muitos estão passando da vida para o nada e nos próximos instantes são outros milhares que para sempre deixaram de existirem e que num futuro próximo, todo nosso ser será adicionado ao grande nada então qual é a razão do que somos hoje se amanhã não seremos mais nada ?
    Porque se preocuparmos com diferenças, se amanhã todos nós seremos a mesma coisa ou então coisa nenhuma?

    8.’Com Zíbia Gasparetto a coisa muda. Ela escreve livros psicografados e adquiriu fama e fortuna com eles

    R: se ainda não o fez, leia os livros dela e aprenda com certeza encontrara e se identificará com personagens “inquietos” procurando também por uma razão da suas existências.
    Não esqueça de ler Chico Xavier pelo espírito de André Luiz, certamente ele te esclarecerá coisas do mundo espiritual que a sua freira do catecismo não soube te responder, pois sendo um médico na terra como cientista questionou muito os espíritos após ter morrido.
    Então, já que é assim, como eu me atrevo a dizer que eles estão conectados, sonhando dentro de uma Matrix, e não eu juntamente com todos os ateus? Como saber quem está no mundo real e quem está na Matrix? Quem está sonhando e quem está acordado?

    R: Esta sua questão foi a mais justa,sensata, honesta e humilde posição vindas de voce!Parabéns!
    Mas veja abaixo que voce mesmo ira se auto responder:
    e você se sente desconfortável quando alguém diz que vê o mundo de uma forma diferente da sua, a ponto de fazer você sentir necessidade de se afastar dessa pessoa e, adicionalmente, procurar refúgio e conforto nos seus próprios meios de ver o mundo junto com todos os outros que o vêem como você, de forma a reforçar a sua própria crença nessa “realidade”… sinto dizer, mas você estará conectado

    R: Não sinto muito em te dizer isso mesmo, você se desconectou da matrix religiosa, criou e também se conectou a sua própria matrix “desilusão”.

    Como saber quem está no mundo real e quem está na Matrix? Quem está sonhando e quem está acordado?

    R: esta sua brilhante conclusão foi que motivou a dar a devida atenção ao seu inteligente texto assim eu responderia sua pergunta dessa forma:
    O autor do filme matrix tem uma visão muito espiritualizada do nosso mundo material, o filme apresenta um mundo virtual onde existe uma razão espiritual: “ A matrix terrestre” simulando o nosso mundo terrestre.
    Um “criador” o “arquiteto”, um oráculo vidente, um predestinado iluminado,sonhos premonitórios, pessoas vendo “fantasmas” aparecendo do “nada” e se comunicando com eles e fazendo coisas impossíveis, “verdadeiros milagres”!
    O mundo real é o mundo espiritual onde existem seres humanos mortos para o mundo virtual terrestre e renascidos no mundo espiritual real por isso conscientes dos dois mundos: Espiritual(real) e a matrix terrestre(ilusório,virtual), por terem uma maior consciência dos mundos existentes, são superiores neste sentido, seriam assim os Anjos ou espíritos superiores, tentando mostrar o verdadeiro mundo real . (conheça essa verdade e ela libertará).
    Assim é que ao entrarem no nosso mundo virtual matrix terrestres eles possuíam super poderes como espíritos aparecendo do “nada” ou do outro mundo , pulando prédios (como disse no filme o guarda mas isto é impossível ?) se comunicavam através de sonhos, previam o futuro. (existe uma grande diferença entre ignorância, esquizofrenia e realidades ainda desconhecidas).
    Existiam no filme também os seres humanos aprisionados pela ignorância das suas mentes, estes ao se desconectarem da matrix terrestre, morriam para ela renasciam no verdadeiro mundo real (o espiritual) ai tambem libertos da ilusão terrestre passavam a ser anjos tentando resgatar os filhos pródigos escravos mentais da matrix, e assim como anjos imperfeitos eles horas salvavam amigos , oras matavam inimigos.
    Isto não é a mais pura representação do mundo terreno e o espiritual ?
    Tendo uma visão isenta de partidarismo em crenças ou descrenças eu diria que os dois lado estão conectados a uma matrix, sim a grande mensagem que este brilhante autor nos quis passar é que:
    O mundo em vivemos enxergamos e acreditamos pode ser real apenas para a nossa mente humana.
    Por exemplo para um ser desprovido de memória o tempo não existe, sem visão a luz não existe, sem audição o som não existe, ou seja nossa mente esta programada para aceitar que as coisas são reais da forma que as vemos e não da forma que elas realmente são, pensando assim este mundo material só existe para nós os seres humanos e semelhantes.
    A hipnose pode ser considerada uma reprogramação da mente humana capaz de alterar sua percepção da realidade, em uma reportagem da revista superinteressante um a pessoa sob hipnose criava na região do seu cérebro um a informação de azul quando na verdade estava vendo um objeto vermelho, ou seja dizemos a uma pessoa vê essa cebola é uma suculenta maçã , coma e a pessoa saboreia aquela cebola como se fosse uma deliciosa maçã.
    A grosso modo podemos comparar um ser humano como um limitado receptor de ondas eletromagnéticas, apesar de milhões de sinais em freqüências diferentes chegarem até ele, só consegue captar , decodificar e processar os sinais aos quais foi programado para isso, assim os outros sinais apesar de serem também reais passam por ele despercebidos da sua limitada realidade.
    O materialista já assumidos da Matrix terrestre, aqueles que se julgam detentores da realidade absoluta podem estar equivocados e limitados pela sua falta de capacidade de recepção a sinais ainda ocultos a sua programada matrix terrestre do mundo físico.
    Os crentes , os médiuns assim como o Sr. Anderson no filme, podem ter sido despertado por algum tipo de: Contato, inspiração, intuição ou por terem sido criados com uma programação desenvolvida para poderem captar sinais de freqüência não reconhecida pela maioria conectada a matrix terrestre.

  38. Vanderlei, aqui. Acho que vai te fazer bem, amigo.

  39. prezado Fabio

    ?

  40. pode até me fazer bem, mas sera que não te fara falta…he..he;;;he

  41. Jesus-Maria-José!!!

    Pela primeira vez na vida, o Vanderlei leu mesmo um texto do blog!! Eu estou de queixo caído!! Não entendeu bulhufas, está-se vendo, mas aí já seria pedir muito… rs

    Ó, cheguei agorinha do trabalho e já vou dormir, mas prometo responder seu comentário amanhã.

    PS – Hoje de manhã assisti um filme chamado “Brilho eterno de uma mente sem lembranças”. Conta a história de um casal de namorados que decidiram apagar as lembranças que um tem do outro, através dos serviços de uma empresa que desenvolveu uma máquina que edita a memória das pessoas.

  42. Infelismente não estou com coragem de responder ao comentário gigante do Vanderlei, perdi o ânimo

  43. overkill é osso… você não sabe nem por onde começar…

  44. falta de argumento é fogo! homenagem ao filosfo ateu leonardo.

  45. falta de argumento?

    Vanderlei não dá pra conversar com você… nós (eu e qualquer um que tente) tentamos racionalizar com você mas você vem com 758 linhas (overkill) de raciocínios e convicções que só você entende e depois fica com ar de sou phoda quando na verdade apenas se expôs ao escárnio e a sabatina de todos aqui do blog…

    falar (escrever no caso) mais não significa nada em termo qualitativo, não significa que foi acrescentado nada no debate

    e quanto a primeira frase aqui desse coment a resposta está do lado esquerdo do blog, logo abaixo do nome “Bule Voador”

  46. Vanderlei, esse teu texto está tão interessante, que eu vou respondê-lo num post do blog, assim que acabar essa nova série sobre o sexo de Deus. Nesse meio-tempo, você deveria comprar algum livro sobre interpretação e compreensão de texto, e procurar um psicólogo, porque eu acho que você tem um sério problema de “dislexia intelectual”.

  47. Deu um tiro no pé e nem percebeu, mas agora parece que sentiu!
    Tô aguardando ansiosamente! Este filme matrix realmente é de mais. pode vir Valmidênio , de onde saiu esrte cometario ainda tem muito mais!

  48. […] mesmo é pulando Carnaval e ninguém vai vir aqui, eis o post. Claro que não respondi a cada frase do seu texto, porque isso tomaria muito tempo e eu preciso cuidar das empresas da minha […]

  49. […] grande problema da fé (justamente o tema da minha série de textos intitulada Deus, Alice e a Matrix, pela qual eu tenho um especial carinho) é que ela precisa ser “compartilhada”. Ninguém reza […]

  50. […] Deus, Alice e a Matrix […]

  51. […] em relação aos religiosos. Vou escrever, em breve, uma série de textos — intitulada ”Deus, Alice e a Matrix” — que irão explicar por que não vou mais perder tempo e energia tentando convencer alguém […]

  52. […] me deparei, recentemente, com um fórum sobre o meu texto Deus, Alice e a Matrix. Um debate nos moldes do Orkut, em 19 páginas, transcorrido durante todo um mês de […]

  53. Caro Vanderlei,
    Gostei muito de seu texto,e vou resumir em 3 palavras o que senti enquanto lia:”Não Entendi Nada”.
    Ao que me parece existe uma logica guiando ele,mas,bem,já que não tem como me expresar completamente sem ser ofensivo,é uma merda =D.
    Realmente,sinto um pouco de raiva dos deuses por eles não exitirem,principalmente como vc os imagina,por que se existissem o mundo seria bem melhor.
    Agora quanto a sua ideia de que o Barros está tentando criar um “mundo fantastico de Barros”,creio que está muito errada,ele só está mostrando como é estranha sua noção da realidade.
    Se os caminhos de deus são “superiores” a nós e “independente” da nossa vontade,porque adoralo,acreditar neles,se nem mesmo conhemos a finalidade deles?
    Hithler,quando provocou a segunda guerra mundial,mandou destruir livros e judeus deu um motivo mais real do que “depois da sua morte,você vai para o paraiso”,tal como melhorar a Alemanha e acabar com o que ele considerava prejudicial.Era um caminho “superior” ao entendimento geral,mas pelo menos mostrava uma finalidade.

  54. […] e à Vida Eterna na mesma configuração que o Chapeleiro Louco apresentou sua condição à Alice, ou do modo como uma leitora comentou um texto meu publicado na semana passada em que dizia que com […]

  55. Texto excelente, mas quando você diz:
    “O Sistema os mantém num sono profundo e os alimenta com os seus ritos, seus catecismos, seus livros sagrados, suas orações, suas missas, seus dogmas e tudo o mais que puder ser usado para mantê-los dormindo.”, pergunto: O que é o “”SISTEMA””???, e seja lá quem for ele, por que ele faz isso??? Para mim, esse ‘SISTEMA’ tá parecendo um tipo de deus…

  56. O “Sistema” é algo que “dá liga” à crença. Ele está inserido na própria sociedade e é por ela alimentado.

  57. Tenho que dizer que na maioria dos blogs que entro só leio uma parte dos textos, geralmente a parte que me interessa. Mas no seu blog não, você conseguiu me prender da primeira linha até a ultima e eu estou me sentido até mais inteligente depois de ter lido o seu texto.

    É fantástica a maneira como você escreve, parabéns, estou te seguindo no twitter e apta a novos pensamentos e conclusões suas.

  58. Larissa, querida, fico feliz que tenha gostado. Acho que você vai gostar também da série NADA A VER COM DEUS . Beijão e obrigado pelo comentário E pelos elogios.

  59. Acho que o jogo está acirrado e empatado,porém,como acredito na existencia e transcendência de deus,na forma como eu o concebo,acredito que a teoria das cordas e o vácuo quântico virtual,ao invés de me afastar de deus,mais me leva a acreditar em sua existencia,uma dimensão onde não vemos e nem medimos,mas pela própria física sabemos que existe.Penso ser apenas uma forma de interpretar.A inteligencia existente no universo,com o nome corretíssimo de cosmos,no mais literal de seu significado,responde a pergunta por si só.Abraço.

  60. “E se deuses são reais você teria provas deles não somente fé.”

    Olá, dei uma lida no post desse blog e me interessei também em participar dessas discussões, já que conversas inteligentes sobre assuntos interessantes estão cada vez mais difíceis de se encontrar por aí.
    Também tinha o pensamento do autor, acho que todos em alguma fase da vida (ou toda) também têm. Não adianta, passar de ateu para crente não será por vias racionais, lógicas, de conversas persuasivas. Uma coisa é Deus, outra é espiritualidade, outra é religião. A religião faz um grande mau sim! É usada de modo condenável. Ninguém, independente de ser ateu ou crente, sabe dizer qual é a essência de Deus, de onde veio, se sempre existiu… mas também não é necessário ter estas respostas precisas para constatar que há uma energia além dos nossos sentidos, além da nossa racionalidade… por que que para algo ser real, tem que ser lógico? Por que que o modo de entender humano tem que ser superior de modo a não existir nenhuma outra inteligência além? Acreditar no que não é tangível não é uma questão de razão, ou seria apenas alcançável por essa mesma? Por que que, para algo existir NA REALIDADE, tem que primeiro passar pelo homem, pelo seu entendimento, pela sua lógica… de forma que, se o homem não consegue entender significa que não existe então? Seria uma visão antropocêntrica demais, não acham? Somos superiores assim nesse amplo Universo? Quer dizer que… nada que nossas frágeis mentes não conseguem “tocar”, então não haverão de ser por elas mesmas?

  61. Fernando, pretendo responder seu comentário, e mais de alguns outros leitores, num post do blog a ser publicado em breve. Muito grato.

  62. Olha bastante imprecionado com teu texto. Excelente! eis a mente que trabalha confome sua própria ordem, pois consegue enxergar e analisar os detalhes por traz das coisas. Abraços!

  63. Impressionante o que você escreve, caro ‘autor’. Confesso que aprecio MUITO seus “posts” e que aprendo bastante contigo. Assim como você disse (em algum lugar por aqui), eu também tiro proveito daqueles que pensam o oposto do que EU penso. Entenda por “pensar” qualquer coisa que tiver conexão com “crer”.
    Você, caro ‘autor’, é uma pessoa (a meu ver) SUPER inteligente e por demais sagaz (não pejorativamente). E isso é bom; aliás, ótimo. Gosto disso, gosto de ‘conversar’ com pessoas como você, embora é difícil encontrar tais pessoas (teístas, ateístas, tanto faz…).
    No mundo em que vivemos, no sistema em que estamos, na época atual, é difícil demais encontrar pessoas tão inteligentes quanto você, ‘autor’. Não estou enchendo sua bola, desencana. Quero apenas destacar o quanto você sobressai entre os que debatem por aqui (estou falando em meio aos teístas).
    Tenho que dar o braço a torcer, e não é a primeira vez… Você tem razão. Você está CHEIO de razão. Em quê? Ora, quando você diz que os crentes, em geral, são “treinados” para fugir do assunto, para não responder certas questões, para não enxergar o óbvio…
    Sou crente, não se esqueça. Sou crente, mas não idiota. Tenho que aceitar os fatos. Tenho não porque sou obrigado a isso, como se não tivesse escolha. Tenho escolha. Posso ser ‘tapado’, se quiser, como a maioria da massa que se diz cristã. Mas prefiro não estar entre os tapados, prefiro não me dar ao luxo de NÃO PENSAR.
    Penso, logo existo. Penso, logo entendo. Penso, logo sei discernir entre “religiosidade” e fé.
    Você, caro ‘autor’, tem sua visão CENTRALIZADA naquilo que VOCÊ enxerga como fé, como religião, como Deus. Sua opinião não está errada, mas não encerra o assunto. Condeno você? Não. Reprovo o que você diz? De forma nenhuma. Concordo com você? De certa forma, sim.
    Você é “louco”, cara. Louco de pedra. Com todo o respeito, claro. Louco na acepção teísta. A própria Bíblia te chama de louco, néscio (Salmo 14:1). Néscio não por ser desprovido de entendimento intelectual, não por ser rudimentar no conhecimento da vida, digamos… Néscio por negar a existência de Deus.
    Segundo a Bíblia, negar a existência de Deus, como sendo Alguém de fato real, é ser néscio, louco. Só que eu sei muito bem que crer em Deus também é loucura. Isso a própria Bíblia que diz, igualmente (1 Coríntios 1:25). Logo, sou louco, também.
    De acordo com minha fé, querido ‘autor’, você e eu não passamos de DOIS LOUCOS. Pra mim, você é louco. Pra você, pode ser que eu seja considerado louco, também.
    Mas, enfim… Aprecio demais os textos deste blog, aprendo (já disse isso) bastante por aqui. Parabéns pelo blog.
    Como se pode perceber, sou um crente que aprecia as ‘maluquices’ dos ateus. Por quê? Porque muitos ateus (não todos) pensam, pensam e pensam. Querem provas científicas. Exigem argumentos embasados, não bla-bla-blás….
    Como muito bem disse você, prezado ‘autor’, os religiosos estão conectados a algo tipo Matrix, tipo um sonho. Mas tem uma coisa que você não sabe, querido. Nem imagina. O quê?
    Nem todo religioso é crente. E nem todo crente é religioso. Pra você, é tudo igual. Mas DE FATO não é a mesma paçoca. Há diferença. Muita diferença.
    Sou crente, não religioso.

  64. […] para todas aquelas perguntas que meus pais, tias e avós não sabiam responder. Mas estava errado. Já muito tempo depois, eu mesmo consegui me explicar essa ignorância toda através da […]

  65. […] para todas aquelas perguntas que meus pais, tias e avós não sabiam responder. Mas estava errado. Já muito tempo depois, eu mesmo consegui me explicar essa ignorância toda através da […]

  66. […] e à Vida Eterna na mesma configuração que o Chapeleiro Louco apresentou sua condição à Alice, ou do modo como uma leitora comentou um texto meu publicado na semana passada em que dizia que com […]

  67. A Coisa…

    A coisa que fez todas as coisas que não sabemos como chegaram ali e que causa e direciona os eventos que não sabemos explicar de outro modo e que não precisa ser feita e é a quem você pode pedir algo que ninguém mais poderia te dar e sem ele não poderíamos ser completamente felizes e é ilimitado pelas leis da física e nunca começou e nunca vai terminar e é invisível, mas na verdade está em todo lugar ao mesmo tempo e é tão perfeito que mesmo se ele matasse milhões de pessoas incluindo bebês ele continuaria sendo perfeito.

  68. Sim essa seria a brilhante teoria ateia do nada

  69. Não essa seria a brilhante teoria religiosa do Deus das lacunas.rs

  70. Fulano de Tal

    “A Coisa” é a descrição mais interessante de Deus que eu já vi.

  71. Pois é,rodrigues

    Coisas sempre foram chamados para explicar o desconhecido, e toda coisa que cumpre essa função tem um nome: coisa das lacunas. Isso porque essa coisa preenche as lacunas do conhecimento de uma época.

    Paz & Amor.
    Muito rock na veia.
    E funkeiro na cadeia.
    ……
    rs

  72. Não essa seria a brilhante teoria religiosa do Deus das lacunas.rs
    seu fulano, aponte onde existem lacunas ?

  73. Eu ainda não li textos mais interessantes e coerentes como o seu, brother. Nota 1000. :)))

  74. Obrigado, Moisés. Esse é um dos textos que eu mais gosto.

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